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Como o Brasil e a América Latina Podem se Proteger das Retaliações de Trump

3 de fevereiro de 2025
Índice

    Como a América Latina Pode se Proteger

    1. Diversificar Parcerias Comerciais

    Uma das estratégias mais eficazes para reduzir a dependência dos Estados Unidos é diversificar os parceiros comerciais. A China, por exemplo, tem ampliado sua presença na América Latina, oferecendo investimentos e acordos bilaterais.

    A história mostra que a relação entre os EUA e a região sempre foi marcada por influência econômica e política. Entretanto, uma dependência excessiva pode deixar os países vulneráveis a retaliações.

    2. Fortalecer Alianças e Ação Conjunta

    Os países latino-americanos podem se fortalecer ao adotar uma postura unificada contra medidas protecionistas. Se a região falar com uma só voz, os EUA terão mais dificuldade em dividir os países e impor sanções isoladas.

    Exemplo disso foi a tentativa da Honduras de convocar uma reunião emergencial da Comunidade de Países Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) para discutir a política migratória de Trump. Embora o encontro tenha sido cancelado, a iniciativa mostra que a cooperação regional pode ser um caminho eficiente.

    Xi Jinping e Lula: China pode expandir ainda mais suas parcerias na América Latina diante de retaliações de Trump.

    3. Buscar Alianças com Outros Blocos e Países

    A Europa é um parceiro potencialmente estratégico para os países da América Latina. A União Europeia pode oferecer suporte na defesa de regras internacionais e no combate a sanções unilaterais dos EUA.

    Ao fortalecer relações comerciais e diplomáticas com outras nações, os países latino-americanos ganham mais opções e menos dependência dos EUA.

    4. Cultivar Aliados Dentro dos EUA

    Ter aliados no governo americano pode ser uma estratégia inteligente para evitar sanções. A diplomacia brasileira, por exemplo, já utilizou essa tática quando Trump impôs tarifas sobre o aço brasileiro em 2019. A embaixada brasileira em Washington contatou deputados americanos para alertar sobre os impactos da medida na economia local. O resultado foi uma pressão interna para revogar as tarifas.

    5. Evitar Provocações Diretas

    Especialistas recomendam que países da América Latina evitem entrar em conflitos diretos com Trump. Manter um tom diplomático e evitar declarações agressivas pode ajudar a reduzir o risco de retaliações.

    No caso do Brasil, Trump dificilmente tomará medidas drásticas se não for desafiado diretamente. Dessa forma, é possível se manter fora do radar de sanções mais severas.

    6. Aplicar Medidas de Reciprocidade

    Se os EUA impuserem tarifas ao Brasil, o governo brasileiro pode adotar medidas similares para proteger sua economia. O presidente Lula já indicou que, se houver aumento de taxas sobre produtos brasileiros, o Brasil responderá com tarifas equivalentes.

    Essa estratégia pode funcionar como uma forma de dissuasão contra novas medidas protecionistas por parte dos EUA.

    ‘Quero que o Trump respeite o Brasil’, disse Lula

    7. Fazer Concessões Simbólicas

    Uma forma de evitar conflitos diretos é fazer concessões diplomáticas de baixo impacto. Pequenos acordos bilaterais ou gestos simbólicos podem ajudar a manter boas relações com os EUA sem prejudicar os interesses nacionais.

    A China, por exemplo, utiliza frequentemente essa tática ao organizar eventos grandiosos para assinar acordos que, na prática, têm pouco impacto econômico.

    Conclusão